Previna-se contra fraudes no comércio eletrônico

O vendedor deve considerar o risco como parte do negócio, medir qual é o provável índice de perda e verificar a possibilidade de incluir esse percentual no seu custo.

Por Sandra Turchi*


O tema Segurança na internet está sempre em pauta. Há diversas preocupações, como acesso a conteúdos inapropriados por crianças e adolescentes, assédio sexual, golpes dos mais diversos tipos, enfim, são muitas as questões pertinentes.

Neste artigo, abordarei, especificamente, as fraudes relacionadas ao e-commerce na visão do lojista.

O índice de fraudes no comércio eletrônico, no Brasil e no mundo, gira em torno de 1,2% do total das receitas do setor. Já foi maior e vem apresentando queda. No cenário internacional, há países que evitam transacionar com outros, segundo pesquisa da empresa americana CyberSource, devido aos altos índices de fraudes. Há, inclusive, um ranking de países menos seguros, liderado pela Nigéria e no qual o Brasil figura em sétimo lugar.

As fraudes no mundo, segundo essa pesquisa, contabilizam em torno de US$ 10 bilhões ao ano e, no Brasil, representam aproximadamente US$ 500 milhões.

Os comerciantes no mundo real já lidam com fraudes no seu dia a dia, tais como cheques e cartões de crédito roubados e cheques sem fundo, entre outras. No caso do comércio virtual, há esses riscos e alguns outros, devido ao fato de não haver certezas com relação à identidade do comprador e à veracidade das informações fornecidas. Esse é o tipo de fraude mais comum, ou seja, a compra de um bem ou serviço por meio de um meio de pagamento fraudulento, principalmente os cartões de crédito.

Qual é o caminho, então? Perder a venda? O vendedor deverá considerar o risco como parte do negócio, ou seja, não há negócios sem risco. Sendo assim, ao ter consciência disso, ele deverá medir qual é o provável índice de perda e verificar a possibilidade de incluir esse percentual no seu custo. Por outro lado, obviamente, deverá lançar mão de estratégias que reduzam esse risco e suas perdas.

Para isso, há basicamente dois caminhos possíveis. Um, mais prático e um pouco mais caro, é terceirizar a operação para empresas especializadas atuantes no setor. São os chamados gateways de pagamentos, que funcionam como um intermediário e que fazem toda a análise do crédito. Isso gera maior segurança para quem compra e para quem vende. Há algumas empresas, nesse segmento, que são bem conhecidas: PagSeguro UOL, Pagamento Seguro, Mercado Pago, PayPal, Moip, entre outras. Essa opção é a ideal para pequenas empresas, com pouca ou nenhuma estrutura interna disponível.

Outro caminho é a empresa criar uma estrutura própria. Para isso, deverá focar na identificação do comprador e de suas fontes de pagamento. Além disso, o processo não poderá ser demorado. Sendo assim, é interessante o uso de ferramentas automáticas de scoring ou de detecção de sinais de fraudes. Em caso de suspeitas, algumas medidas serão necessárias, como validação do nome e CPF na Receita Federal e validação dos dados com sistemas de proteção ao crédito, além de validações ativas, quando se entra em contato direto com os clientes.

Com o aumento da profissionalização do e-commerce no país, podemos observar que o cenário tem melhorado e apresentado cada vez mais segurança para todos os participantes do processo de compras.

* Sandra Turchi é Superintendente de Marketing da ACSP – Associação Comercial de SP – e do SCPC – Serviço Central de Proteção ao Crédito, Coordenadora do curso “Estratégias de Marketing Digital” da ESPM e VP de Marketing da ABRAREC.

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Discussion

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    Flávio - iPAGARE Pagamentos Online — 7 de dezembro de 2010 at 11:54

    Intermediários de Pagamentos como as citadas no artigo tem como característica garantir que o estabelecimento não terá fraudes. No entanto, se um sistema lhe faz essa afirmação, será ao preço de vendas legítimas que serão negadas, o que é um inconveniente comum dos intermediários.

    No e-commerce é necessário o equilíbrio entre a prevenção de fraudes e a aprovação de vendas para que os resultados não sejam prejudicados. Isto se chama Gestão de Risco.

    Existem empresas no mercado especialistas que dão ao estabelecimento as ferramentas e o apoio necessário para venderem mais evitando fraudes. Uma delas, líder de mercado e utilizada pelo gateway de pagamentos iPAGARE, é a ClearSale, que buscam maximizar a receita buscando o equilíbrio ótimo entre a prevenção de fraudes e a aprovação de vendas.

    Abraços

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